Lost in reverie

Lost in reverie

quinta-feira, agosto 23, 2012

Tristeza





         Uma simples fotografia. Imagem congelada que pode significar tudo ou nada. Pode ser a alegria ou a tristeza. Um mundo ou apenas mais um pedaço de papel. Mas o foco não é a fotografia, é um dos estados emocionais que ela provoca no ser humano, a tristeza.
E que mundo indescentemente bonito é esse da tristeza. Somos laçados facilmente por uma lembrança distante, de algo que não podemos ter novamente. De alguém que antes fora o que já não mais o é. De algo que nem chegamos a ter. De coisas que nunca fomos ou seremos. Entramos sem notar. Não há portas para se bater, placas indicadoras, fotos de satélite ou rotas no gps. Quando vemos, já é tarde. E o mundo desaba logo ali, em nossas cabeças. É triste. Mas tem sua beleza interior. É sombrio. Mas ilumina a alma para expressar-se de alguma forma. Seja a música, a escrita, a pintura, a obra de arte em geral. Ter vontade de não viver, mas não ter coragem de realmente abandonar a vida. Mostra um amor estranho que sentimos pelo viver. E o amor que sentimos até mesmo por outras pessoas.
Não que a tristeza seja 100% boa, mas também não é completamente ruim. “Há sempre um lado positivo”, se aplica ao campo ‘tristeza’. Estar triste, para mim, é tão normal quanto estar “normal” ou feliz. Não é difícil lidar com esse mundo. Basta aprender. E disfarçar ajuda bastante. A vida se torna um pouco menos difícil quando aprendemos a lidar com nossas tristezas e felicidades também.



Uma madrugada fria. Sem sono. Vencer essa parte talvez não seja possível.
Mas não morrerei por isso. Ninguém morre por isso.