Lost in reverie

Lost in reverie

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Nostalgia por excelência (ou por hábito mesmo)







O que foi bom ressurge de velhas canções. Ressurge das profundezas da memória e abrigam-se num canto do coração, que te faz viajar por longas eras até que você reviva cada segundo do que te fez tão feliz. Ressurgem, sem explicação, velhas lembranças, pessoas que não se recordava há um tempo, coisas que fizeram de você o que és hoje. E chega a dar um aperto no peito de tanta falta que tudo aquilo faz. Amigos, conhecidos, momentos, locais, pessoas que lhe acrescentaram qualquer coisa que te fez melhor. Histórias, jeitos, costumes, hábitos. Velha mania de ficar relembrando. Velho hábito de imersão em nostalgia .....




Ao som de Rhapsody of Fire.
As canções que me fazem lembrar de pessoas que há muito deixei ...
Algumas ainda persistem em minha vida, mas outras se foram. E tem até mesmo as que se foram sem eu saber o  porquê .....

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Não vive mais




A ferida ainda está exposta. Não cicatrizou, não curou, não houve qualquer melhora. A noite silencia os da casa, mas a ferida continua latente, assim como os olhos que não fecharam ainda. Viram-se junto com o corpo dolorido, eles também doem. Procurando um canto escuro da casa que faça com que os olhos cansem-se e fechem-se, porque dormir é o único remédio pra dor pulsante que ainda dilacera. Por não ter se curado, a ferida inflamou e machuca ainda mais. E lembrar vai, cortando, abrindo mais a ferida, machucando mais o que dói por natureza. O adeus foi a arma. Foi essa pequena palavra que fez com que todo um mundo de sonhos caíssem por terra. Feneceu a alegria que brotava do meu interior e o brilho deu lugar ao opaco. O olhar agora expressa nada. Apenas se movem, sem direção, sem orientação, sem vida. Respirar tornou-se mero detalhe.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

O vazio que preenches ...




Lindo se vai
Estende a mão e o sorriso;
Movendo-se suavemente cai
Uma lágrima despedindo-se.
Um aperto no peito
Vontade de não ir embora
Saber que esse teu jeito
Não se acha lá fora.
O olhar, que arrastado vira-se
Vira em outra direção
Dobrando a esquina
E nos deixa na mão.
À espera de uma outra tarde
Que nos encha de alegria
E matemos a saudade
Que já começou naquele mesmo dia.
O horizonte traz um olhar
O mesmo que ficou brilhando
Vendo você chegar,
E agora este vai pranteando.
Regando as flores do jardim
Regando a saudade que cresce
Molhando esse amor sem fim
Essa sensação que não fenece.
As flores secaram
Mas guardadas estão
Com carinho encheram
Meu cansado coração.

Com todo esse amor que não cabe no peito, escrevo em versos pra ti.
É como uma canção que, soada suavemente, atinge exatamente onde toda a saudade se concentra.
E de nada me valem palavras se não tiver você para lê-las e senti-las assim como as sinto!
Te amo, meu amor ...

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Dear, don't forget me!







Love is the meaning for all this we feel. I miss you every single day and the flowers you gave me don't let me forget this! The remembrance, the emotions I feel when I talk to you, when I hear your name, when I wake up. I dreamed with you last night, and well, I almost never have dreams. Maybe we must get appart for a while, but darling, trust me, I'll be the one who'll suffer the most! You have no idea how I'm already suffering with the probability of going away from here. There's no assurance, but thinking further, I'm already suffering. Just don't doubt this: I LOVE YOU! More than I thought, more than I could, more than I should ...... I love you. I really do love you ......

terça-feira, janeiro 18, 2011

Difícil Decisão




Apago a luz, deito e começo, incessantemente, a pensar. Vejo os obstáculos à frente e temo ter que abandonar tudo o que é de minha ciência e amor. Eu não desejo ir e temo ser pressionada psicologicamente. Oportunidade assim não se desperdiça, não se deixa escapar. Mas amor igual ao que sinto por tudo que está aqui é inexplicável e não desejo abandoná-los. 
A primeira decisão realmente difícil que devo tomar chegou! E eu que pensei que seria bem mais fácil. Preparos para as surpresas da vida são inúteis, agora eu sei. É em vão pensar que estamos preparado para qualquer coisa que apresente-se a nós. É como tentar ensaiar discursos sentimentais a serem pronunciados à quem se ama, que nunca saem da maneira como desejamos/planejamos/sonhamos.
E quanto à pressão psicológica, bem, o terror sou eu mesma quem cria. Talvez por sempre terem esperado muito de mim, eu sempre vejo-me na obrigação de corresponder à toda e qualquer expectativa e acabo não sendo 100% sincera no que digo/faço. Minha sede de conhecimento diz "Vai! O que está esperando ?!" , enquanto meu coração faz questão de me lembrar os excelentes momentos que passei aqui e ainda tem a coragem de me perguntar "Tem mesmo certeza que quer deixar quem você mais ama aqui e partir ?!" . Nada fácil ..... E mais difícil ainda quando se tem alguém que te completa, que é tudo aquilo que um dia você sempre quis. Eu sinceramente não sei o que fazer! Deveria ir, mas quero tanto ficar ......

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Not its fault




Eu sempre tento me esquivar de pensar em você. Eu estou sempre à espreita do meu coração, para que quando ele comece a morrer aos poucos, eu possa reanimá-lo. Quando eu sei que as horas vão ser lentas e que os dias passarão vagarosamente, sem qualquer pressa, eu corro para a janela e procuro um lugar para olhar que não me lembre você. Mas juntos percorremos por tantos lugares que já não sei mais aonde ir quando fico assim. Não que eu queira ficar assim, nunca quis ..... Mas é algo que foge do meu controle. Infelizmente, meu coração gosta de sentir-se assim. Dói, fica ferido e latejante, por horas. Mas depois fica tudo bem, é só te ver, te ouvir e sentir você ao meu lado que eu fico bem. As tuas mãos quando percorrem o meu rosto suavemente, deslizando como uma leve brisa .... É exatamente disso que meu coração sente falta quando fica muito tempo longe. É por isso que ele sofre tanto a tua ausência, e não o culpo!

terça-feira, janeiro 11, 2011

No cerrado o Sol se põe







Fim de tarde. Horizonte finito pelo cerrado que nos cercava. Tudo tão verde, tão bonito, banhado por um Sol dourado, como há muito não aparecia. Uma verdadeira tarde de verão. Paisagem linda, assim como gosto, fim de tarde, então. Lembro-me das muitas tardes que passei no meu mundo. Às vezes perto de alguém que eu gostasse, mas em sua maioria era apenas eu. Milhares de coisas surgiam na mente e me levavam à escrever alguma coisa. Mas naquela tarde, não tive vontade de escrever. Eu só queria ficar bem quieta, em silêncio, contemplando os teus olhos e tuas palavras que tentavam me distrair do meu estado de transe profundo. Sei que quando fico em silêncio é de se estranhar, acostumei as pessoas a ouvirem minha voz. Mas meu silêncio queria dizer muito mais do que a eloquência. Você disse que eu estava triste, podia até ser, mas eu não sabia como estava me sentindo ou o que sentir naquela hora! Não me senti triste .... Nem me senti. Era nostalgia misturada com algum outro sentimento/sentido. Acho que eu realmente estava sob um transe que veio de lugar algum. Porém, eu não me recordo de ter vivido nenhuma tarde tão linda como aquela. Não por ser verão, não por ter uma paisagem que, particularmente, me chama muito a atenção .... mas pelo simples fato de ter passado aquela tarde ao teu lado! E tudo isso por uma "simples" verdade: Eu amo você tanto quanto amo à mim!

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Dormir



Eu acordei! Estou viva. Posso ver, ouvir e sentir um gosto ruim na boca. Mas estou fria. Meus pulsos parecem estar desfalecendo, desistindo sem minha permissão. O quarto está sob a pálida luz do dia que, já enfraquecida pelas nuvens escuras, tem de ultrapassar a cortina que separa o quarto do frio externo (ou pelo menos tenta passar essa ideia). Está um tanto escuro e as paredes refletem a cor da cortina, um tom bege. Levanto a cabeça, olho para a porta semi-cerrada na esperança de que alguém entre para aquecer-me a alma, mas só o que adentra o quarto é uma leve e congelante brisa, vinda de uma pequena brecha na janela. No arrepio da pele, agarro-me ao cobertor, imaginando se em vez dele fosse um outro corpo, quente, de fato. Encolho-me e sinto os olhos arderem junto com algo preso na garganta. Talvez uma tentativa de choro, dor que quer sair para não se sentir tão só quanto o corpo e alma que habita sentem-se. Esforço-me para alcançar o relógio, o dia nem começou. O Sol ainda está baixo, de acordo com a hora, e os segundos insistem em querer imitar as horas, e lentos e suaves percorrem o relógio. "Ponteiros imprestáveis!", protesto. Não correm, o tempo nem anda. Tão frio, tão solitário, tão vazio. Casa vazia, não há passos, nem vozes, nem pássaros a cantar lá fora. E o que restou? Afogar-me num sono, pois só assim não verei a vagareza dos ponteiros e esquecerei-me do frio, do gosto ruim na boca, da dor presa, em nós na garganta e na ardência dos olhos.

domingo, janeiro 02, 2011

Pertinente







Uma conexão entre nós dois. Uma respiração profunda. Um mergulho em busca de ar. O ar que me tiras enquanto tento, arduamente, manter-me de pé. Uma vez ao teu lado, não quero despedir-me ou desperdiçar qualquer segundo. Mesmo sendo difícil conter minha imensa alegria, que não sabe se guardar em silêncio dentro do meu coração e transborda em olhos reluzentes, gosto de observar os teus passos.Gosto de perpetuar em minha memória a cor dos teus olhos, o formato da tua boca, o teu sussurrar, a tua voz quando diz meu nome. Torno-me imensamente egoísta quando estou contigo. E quando estou longe não sinto o chão, não vejo os ponteiros do relógio andarem tão ligeiros como quando estou com você, não vejo o pôr-do-Sol com a mesma alegria, não sei viver bem. A saudade é um espinho que atormenta-me e satisfaz-se em ver toda a angústia que causa-me. Danos reparáveis, mas dolorosos! Saudade que não passa .....




Ao som do álbum The Division Bell - Pink Floyd

Concernente




Pertenço a ti. Corpo e alma entreguei-me. Senti tua respiração, a tua melhor parte. Ainda posso sentir. Ainda vejo os teus olhos compenetrados a me observarem. O seu olhar vinha direto no meu e eu não podia me conter de tão feliz. Eu sentia que tudo o que sempre precisei estava ao meu lado. E eu te vi dormir, lindo e intocável. Não quis me mexer para não lhe despertar. E a única coisa que eu quis, ansiei e desejei, de fato, naquele momento, foi que o mundo inteiro parasse para que eu pudesse ficar pelo menos mais um pouco ao teu lado e poder contemplar a tua beleza que me é incansável. Incomparável é o que eu sinto por ti. E não há nada neste mundo que vá fazer com que eu sinta-me longe de ti. Você deu-me a certeza e nela eu seguirei. A distância pode separar-nos fisicamente, mas meu coração estará sempre contigo e o teu comigo.
Te amo, amor! ♥

Reticências




O que pensa-se, o que tenta-se escrever, o acorde que falta, a letra que escapa.
Mãos que desenham reticências por entre as folhas de um velho caderno, uma agenda qualquer.
Olhos que não sabem olhar para outro lugar além do horizonte.
Ver o Sol; a chuva que está chegando; o mundo (o seu próprio mundo) caindo, dividido, apartado.
Observar estrelas, os vários pontos de interrogação que se formam e dançam pelo ar.
Um gole de água, uma noite sem fim mesmo com os olhos desvanecendo-se.
A brisa que sopra e mexe a cortina, e que sopra num leve balançar os cabelos, fazendo com que sua visão limite-se até a hora em que você os recoloca no lugar.
Seu corpo dói, mas você não se importa em ter que suportá-la, afinal, o vazio é menos atraente sem dor. Ter que expô-lo sem sacrifício algum é estranho.
Então você se ajeita de hora em hora para poder conseguir continuar a escrever, mas ainda dói. E no fim você pode ver que a dor lhe valeu, pois lhe rendeu algum escrito que talvez só você venha a entender.
Mas que importa? Afinal, a beleza abriga-se nos olhos de quem observa o material em questão.


Uma noite em que não se pode dormir, com as lembranças de um ontem pertinentes à mente, que não sossega e não descansa. Uma mente que está fisicamente esgotada, mas que ainda assim suporta o esgotamento para que a alma possa aliviar-se ao escrever.