Lost in reverie

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sábado, maio 25, 2013

Life



She might take us down
She'll never die
The one who sings
Songs of life and death
The fall, the pain
We can hear the cries from the top
The mountains sing their own songs
They sing sadly
The melody no one wants to hear
She caused
The suffering we see
Men's faces are red and covered
With the blood of their beloveds
She killed all of them
She burned their souls
She made just the way she wanted
The way it's always been
Nothing's changed
But at the same time
We may hear screams
Of happiness and enjoyment
It's heard laughs from the top
Still the mountains are sad
The smiles are given away
In an inocent face of a child
Who just received a gift
And She didn't stop it
Because She lets life go as well
Both sides of the sword
Her good and her bad
It's always shown
For all of us
And we must face Her
No matter what
Because eventhough we cry
We laugh too
We love being here

sexta-feira, agosto 05, 2011

Horizonte




Agora eu vejo que se estende além mar, que vai pra longe, tão longe que já não posso ver. O horizonte conquistou-me. Venceu-me, pois não posso lhe alcançar. E assim, não vejo mais a esperança de um dia ter-lhe em meus braços e dizer que és meu e de ninguém mais.
O vento frio castiga essa pele já arrepiada, absorta em tuas imagens, que como em câmera lenta refazem-se todas aqui por dentro. E faz com que o rosto, já encharcado do choro, resfrie-se ainda mais. O sol está distante nesse inverno. Meu eu também. Minha metade se foi e não consigo encontrá-la em lugar algum. O horizonte a levou. E com minha metade foi-se também minha alegria. Agora só o que enxergo são vultos na escuridão, que ficam distorcidos demais com estes meus olhos marejados de solidão.
Não posso pedir que volte, não devo esperar que volte, não quero dizer que está vivo em mim, embora morto não esteja. Porque admitir que sinto a tua falta, pensar sobre o que já vimos e vivemos, nossos planos, nossos sonhos e desejos, é muita dor. Já é insuportável saber que você partiu e que a sensação de te ver de novo seria como voltar a viver. É mais fácil tentar ignorar a dor do que saber que o que eu sempre quis me escapou às mãos como o tempo. 




Vento no Litoral - Legião Urbana



Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim ?! 

quarta-feira, julho 27, 2011

Ela e o sonho




Ela sentiu o mundo desabando sob seus pés e seu sonho se desmanchando diante de seus olhos, sem que nada pudesse fazer. Ela tentou achar meios que explicassem aquele pesadelo. Ela buscou os detalhes. Ela quis chorar. Mas nem isso ela conseguiu em toda sua dor. Nenhuma lágrima lhe desceu pelo rosto pálido e tristonho. Ela mal podia acreditar que todo seu esforço, toda sua luta, toda sua esperança, foram em vão. Ela não quis gritar, não quis explodir, não quis fugir. Não tinha o que dizer, não tinha combustível, não tinha pra onde correr, de qualquer forma. Seu único desejo era deitar-se, em qualquer canto escuro e frio, fechar os olhos e esquecer que toda sua vida estava passando em câmera lenta. Seu único aliado era o silêncio. E em seu silêncio ela permanece até agora ...



Quando o seu sonho se vai e não lhe resta mundo para ficar seguro
Quando sua esperança é destruída, o escuro medo vem e se estabelece
Quando suas lutas e razões de as fazerem caem por terra
Tudo que lhe sobra é um amargo pensamento imaginando "onde eu errei ?"






Lonely Day - System of a Down



Such a lonely day, and it's mine
It's a day that I'm glad I survived

quarta-feira, maio 25, 2011

Tu, e o que não posso



A tua voz se espalha pela casa vazia. 
Procura os cantos esquecidos e se abriga em meus ouvidos, trazendo consigo as velhas lembranças que jaziam na desmemória. 
A voz triunfante com seus tons de sorriso. 
Em sua arrogância.
Ah, sim! Tua arrogância ... É admirável, irritante, impressionante, apaixonante. 
"Não, não posso. Não é possível" 
Vou me enganando por essas estradas sinuosas que nem sei se me levam à você. 
O que é bem provável que não, pois não te quero. 
Te desejo, mas não te quero. 
Te amo, mas não te quero.
É insano, mas não te quero!
És os meus defeitos, és as minhas qualidades, és as minhas manias.
Em nossas cores escrevi teu nome, mas não guardo as fotos e nem a lembrança do teu toque.
Pois não as tenho, e nem quero tê-las.
Mesmo que eu guarde esse amargo meu, de nunca ter experimentado o doce do teu veneno
Jamais irei provar dos teus lábios.
Pois são para mim o que não deveriam significar!




"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais neste último mês" 





Eu Que Não Amo Você - Engenheiros do Hawaii




Eu não voltei, pois jamais fui. Eu não fui, pois jamais pertenci. E pretendo continuar assim!

sábado, abril 23, 2011

Sad Times




Me envolve um turbilhão de sons e imagens liquefeitos do passado distante de minh'alma. Sorri-se das boas lembranças e mesmo assim chora-se querendo revivê-las. Refaz-se o futuro incerto e sombrio, que agora não sabe o que se faz, resume-se, refaz-se. A breve vida e seu sopro que joga-nos como poeira aos ventos. O ar é rarefeito nas profundezas da alma de solidão. E a luz é quase inexistente, exceto pela última fagulha de esperança que ainda resta, da última chama de qualquer coisa que tenha invadido o corpo com algum sentimento bom. 
Eu sinto aquele vazio torturante, que me seria mais fácil que a morte consumisse-me. O vazio que afoga-me em desespero e desconsolo, pois não tenho as mãos que outrora afagavam-me os cabelos. E com vícios eu tento diminuí-lo por dentro, tento preencher o espaço enorme que, ironicamente, esse vazio ocupa. Eu, que sempre fui acostumada a enxergar o futuro com um brilho resplandecente no olhar, agora só consigo emitir o brilho de uma lágrima que cai, esvai, flui. Não porque eu queira ... mas porque é a única opção que me oferta a vida neste momento. Já tentei traçar uma rota que tirasse-me desta outra, mas a solução que vejo agora apreende-me, pois dependo de outros fatores para que funcione. E aquele sorriso triunfante e intrépido que meu rosto emoldurava a tão pouco tempo atrás, tornou-se como a palavra dita e não permaneceu. Restou a lembrança, apenas. Voltou a dor, a raiva e a tristeza que já antes habitara-me; e agora tudo torna-se parte de mim, deveras .... Mais uma vez!


E que o momento torne-me débil de emoção, pois estou prestes a chorar em dores e angustia. 





Pra Ficar Legal - Engenheiros do Hawaii


sexta-feira, abril 22, 2011

Túrvio







Sophie caminhava pelo interior de sua alma. Estava tudo turvo, escuro demais. Ela tateava os caminhos tentando se encontrar dentro de si, tentando encontrar algo que pudesse fazer com que aquela confusão dentro de si acalmasse-se, para que ela pudesse estar feliz mais alguma vez. Ela passou por entre as lembranças e chorou ao lembrar-se o quanto queria estar vivendo seu passado. Ela desejava tanto encontrar-se nos braços de sua antiga vida, que entrou em colapso. Ela chorou amargamente durante as noites que passavam, sem que o sono lhe acudisse. Ela sonhou em seus poucos minutos de olhos fechados, estar em outro lugar, outra época. Ao escutar as músicas que a transportava em memórias - as suas melhores - ela enfraquecia e sua garganta lhe doía, pois o choro lhe era imposto de pronto, inconscientemente. E assim é. Mesmo da turbulência ela sente falta, pois ainda assim tinha o que lhe protegia e lhe consolava.
Sophie ainda caminha por lá. Ainda continua do mesmo jeito que antes. Ainda está confuso e negro por dentro. Ela ainda tem o mesmo desejo. A mesma saudade, provavelmente maior e mais abrangente. Ela se sente cada vez mais ameaçada, anda nervosa, anda fora de si, anda de cabeça baixa e olhar tristonho. Ela sorri porque não lhe é dada outra opção, não há chances de que se expresse sem ser questionada, não pode - não quer - mostrar o que realmente sente. O orgulho a prende, assim como os nós prendem sua garganta dolorida e sufocada por um choro inconsolável. E assim ela vai se deitar todas as noites. Em solidão, em dores, em tristeza e amargura de espírito. Chorando em silêncio suas dores profundas de quem perdeu o que mais amava em toda a vida ....


"numa cama desfeita
na escuridão
um corpo que se deita
um corpo em tempestade
agora já é tarde"



Eu lhe quero de volta, do mesmo jeito que antes
quero tudo como se encontra no passado.





No Inverno Fica Tarde + Cedo - Engenheiros do Hawaii







"Eu que não sei perder, perdi o sono
Na escuridão, na escuridão"

sexta-feira, março 04, 2011

Versos de vitória apesar da solidão




Ela viu o céu desabar
O cinza caía molhando a terra
Batia no telhado e na calçada
Lavava as flores e a alma cansada
Ela deitou na relva e sentiu a chuva forte castigar seu corpo
Ela viajou nos pensamentos de quem está com a mente pesada
Sentiu toda a força de vontade brotando
E levantou-se para prosseguir cantando
Cantigas de vitória dos antigos guerreiros
Vitórias lutadas, sangradas e vencidas no fim das contas
Com o suor que lhes corria pela face venceram
E em seus versos ela via a luz irradiando por sobre ela
Mesmo em toda sua sobriedade, o dia ganhara um novo tom
Tons de alegria enaltecidos pelo ritmo da canção
O mundo não lhe sorria, mas ela o sorrira tentando encontrar a direção
Ela vira a esperança ressurgindo com os raios tímidos de sol
Então ela ergueu a cabeça e orgulhosa seguiu seu caminho
Não houve erros, culpa
Sozinha, sem medo do futuro, com um olhar emoldurado em seu rosto branco
Um sorriso esboçado, mas confiante
E se foi ... Triste, feliz, confiante, sozinha ...

quinta-feira, março 03, 2011

É difícil voltar





Na simplicidade dos meus versos vou cantando, contando, compondo
Vou seguindo os olhos de meu observador e o guio por entre caminhos perdidos de minh'alma
Caminhando sozinha pelos vales que despertam com o raiar do Sol
Não rimo, não dou ritmo, não sigo qualquer destino
Caminho meu é o que trilho no momento
O futuro é incerto mas ainda assim o invento
De mil maneiras num distante pensamento
Sem querer descubro a solidão, que me arrasta para junto dela sem qualquer perdão
Voando calada voo rasante
Espreito quem desejo e evito o dia
Não dou pista, não falo, não demonstro
Sinto por dentro tudo aquilo que queria expressar sem poder
Hoje eu choro por um amor perdido, amanhã sorrio com os traços angelicais, embora sozinha
Eu sou assim, simplesmente complexa
Indecifrável para os fracos de espírito e sem personalidade
Um ser encantadoramente adorável e leal aos seus amigos
A que sente saudade de detalhes bobos e pequenos, épocas distantes
Uma vez que viajando em meus planos, sonhos, alegrias, tristezas e lembranças, é difícil voltar.


"Não sei quais são as causas, nem quais serão as consequências
(A borboleta bate as asas e o vento vira violência)
Não sei a soma exata, só a ordem de grandeza
Não sermos literais às vezes faz nossa beleza
Às vezes faz nossa cabeça 
Um par de olhos, um pôr de sol
Às vezes faz a diferença
Tentei ficar na minha
Tentei ficar contigo
O que há de mais moderno 
Ainda é um sonho muito antigo
Tentei ser teu futuro
Tentei ser teu amigo
O que há de mais seguro
Também corre perigo
Não sei a quantas anda, é da nossa natureza
Não saber o que fazer às vezes faz nossa certeza
Às vezes faz nossa cabeça
Um par de olhos, um pôr de sol
Às vezes faz a diferença ... "
Sei Não - Engenheiros do Hawaii






Sei Não - Engenheiros do Hawaii

terça-feira, março 01, 2011

Alone, I follow into my footsteps



Ele ainda permanece aqui de alguma forma ...
Não se foi de maneira alguma
Estava apenas enclausurado lá dentro
Não sei de onde ele veio ...
Eu pensei que estivesse tudo bem (It's finally over! ...)
Não, não é verdade!
De alguma forma ele ainda continua intocável
Mas é tão impossível .... Pelo menos ao meu ver
Mas espere ....
Rebusquei os dados e informações há muito perdidos por aqui
E vejam! São apenas lembranças ....
Agora entendo que não posso seguir assim
Estou sozinha ....
Seguindo sozinha, continuo
Apenas assim consigo seguir bem
E não há remédio que me cure disso.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Não vive mais




A ferida ainda está exposta. Não cicatrizou, não curou, não houve qualquer melhora. A noite silencia os da casa, mas a ferida continua latente, assim como os olhos que não fecharam ainda. Viram-se junto com o corpo dolorido, eles também doem. Procurando um canto escuro da casa que faça com que os olhos cansem-se e fechem-se, porque dormir é o único remédio pra dor pulsante que ainda dilacera. Por não ter se curado, a ferida inflamou e machuca ainda mais. E lembrar vai, cortando, abrindo mais a ferida, machucando mais o que dói por natureza. O adeus foi a arma. Foi essa pequena palavra que fez com que todo um mundo de sonhos caíssem por terra. Feneceu a alegria que brotava do meu interior e o brilho deu lugar ao opaco. O olhar agora expressa nada. Apenas se movem, sem direção, sem orientação, sem vida. Respirar tornou-se mero detalhe.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Dear, don't forget me!







Love is the meaning for all this we feel. I miss you every single day and the flowers you gave me don't let me forget this! The remembrance, the emotions I feel when I talk to you, when I hear your name, when I wake up. I dreamed with you last night, and well, I almost never have dreams. Maybe we must get appart for a while, but darling, trust me, I'll be the one who'll suffer the most! You have no idea how I'm already suffering with the probability of going away from here. There's no assurance, but thinking further, I'm already suffering. Just don't doubt this: I LOVE YOU! More than I thought, more than I could, more than I should ...... I love you. I really do love you ......

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Not its fault




Eu sempre tento me esquivar de pensar em você. Eu estou sempre à espreita do meu coração, para que quando ele comece a morrer aos poucos, eu possa reanimá-lo. Quando eu sei que as horas vão ser lentas e que os dias passarão vagarosamente, sem qualquer pressa, eu corro para a janela e procuro um lugar para olhar que não me lembre você. Mas juntos percorremos por tantos lugares que já não sei mais aonde ir quando fico assim. Não que eu queira ficar assim, nunca quis ..... Mas é algo que foge do meu controle. Infelizmente, meu coração gosta de sentir-se assim. Dói, fica ferido e latejante, por horas. Mas depois fica tudo bem, é só te ver, te ouvir e sentir você ao meu lado que eu fico bem. As tuas mãos quando percorrem o meu rosto suavemente, deslizando como uma leve brisa .... É exatamente disso que meu coração sente falta quando fica muito tempo longe. É por isso que ele sofre tanto a tua ausência, e não o culpo!

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Dormir



Eu acordei! Estou viva. Posso ver, ouvir e sentir um gosto ruim na boca. Mas estou fria. Meus pulsos parecem estar desfalecendo, desistindo sem minha permissão. O quarto está sob a pálida luz do dia que, já enfraquecida pelas nuvens escuras, tem de ultrapassar a cortina que separa o quarto do frio externo (ou pelo menos tenta passar essa ideia). Está um tanto escuro e as paredes refletem a cor da cortina, um tom bege. Levanto a cabeça, olho para a porta semi-cerrada na esperança de que alguém entre para aquecer-me a alma, mas só o que adentra o quarto é uma leve e congelante brisa, vinda de uma pequena brecha na janela. No arrepio da pele, agarro-me ao cobertor, imaginando se em vez dele fosse um outro corpo, quente, de fato. Encolho-me e sinto os olhos arderem junto com algo preso na garganta. Talvez uma tentativa de choro, dor que quer sair para não se sentir tão só quanto o corpo e alma que habita sentem-se. Esforço-me para alcançar o relógio, o dia nem começou. O Sol ainda está baixo, de acordo com a hora, e os segundos insistem em querer imitar as horas, e lentos e suaves percorrem o relógio. "Ponteiros imprestáveis!", protesto. Não correm, o tempo nem anda. Tão frio, tão solitário, tão vazio. Casa vazia, não há passos, nem vozes, nem pássaros a cantar lá fora. E o que restou? Afogar-me num sono, pois só assim não verei a vagareza dos ponteiros e esquecerei-me do frio, do gosto ruim na boca, da dor presa, em nós na garganta e na ardência dos olhos.

domingo, janeiro 02, 2011

Pertinente







Uma conexão entre nós dois. Uma respiração profunda. Um mergulho em busca de ar. O ar que me tiras enquanto tento, arduamente, manter-me de pé. Uma vez ao teu lado, não quero despedir-me ou desperdiçar qualquer segundo. Mesmo sendo difícil conter minha imensa alegria, que não sabe se guardar em silêncio dentro do meu coração e transborda em olhos reluzentes, gosto de observar os teus passos.Gosto de perpetuar em minha memória a cor dos teus olhos, o formato da tua boca, o teu sussurrar, a tua voz quando diz meu nome. Torno-me imensamente egoísta quando estou contigo. E quando estou longe não sinto o chão, não vejo os ponteiros do relógio andarem tão ligeiros como quando estou com você, não vejo o pôr-do-Sol com a mesma alegria, não sei viver bem. A saudade é um espinho que atormenta-me e satisfaz-se em ver toda a angústia que causa-me. Danos reparáveis, mas dolorosos! Saudade que não passa .....




Ao som do álbum The Division Bell - Pink Floyd

Reticências




O que pensa-se, o que tenta-se escrever, o acorde que falta, a letra que escapa.
Mãos que desenham reticências por entre as folhas de um velho caderno, uma agenda qualquer.
Olhos que não sabem olhar para outro lugar além do horizonte.
Ver o Sol; a chuva que está chegando; o mundo (o seu próprio mundo) caindo, dividido, apartado.
Observar estrelas, os vários pontos de interrogação que se formam e dançam pelo ar.
Um gole de água, uma noite sem fim mesmo com os olhos desvanecendo-se.
A brisa que sopra e mexe a cortina, e que sopra num leve balançar os cabelos, fazendo com que sua visão limite-se até a hora em que você os recoloca no lugar.
Seu corpo dói, mas você não se importa em ter que suportá-la, afinal, o vazio é menos atraente sem dor. Ter que expô-lo sem sacrifício algum é estranho.
Então você se ajeita de hora em hora para poder conseguir continuar a escrever, mas ainda dói. E no fim você pode ver que a dor lhe valeu, pois lhe rendeu algum escrito que talvez só você venha a entender.
Mas que importa? Afinal, a beleza abriga-se nos olhos de quem observa o material em questão.


Uma noite em que não se pode dormir, com as lembranças de um ontem pertinentes à mente, que não sossega e não descansa. Uma mente que está fisicamente esgotada, mas que ainda assim suporta o esgotamento para que a alma possa aliviar-se ao escrever.

quinta-feira, dezembro 30, 2010

Pensamento distante







27/12/2010


A beleza dos teus olhos que me segue. A luz que ilumina tanto por tão pouco tempo. O Sol que brilhava ontem, hoje já está escondido. As noites se tornam imensas e os dias passam ainda mais lentos. As nuvens retêm os raios de Sol, deixando apenas uma luz tênue e cinzenta. Os dias que costumavam passar em tão pouco tempo tornaram-se infinitos de alguma forma. Ou então vivo dias seguidos achando que ainda é o mesmo. Perdi-me no espaço tempo. Já não sei que horas são, em que dia estou. Eu sinto emoções variadas. Ora saudade, ora medo, ora não sei como eu deveria estar me sentindo ou me portando. Eu apenas vejo, na luz fraca, algo que faz com que eu não sinta a confiança que outrora encheu de vida e expectativa um olhar perdido entre a linha do horizonte e o Sol a se pôr. Não sei se estou certa, nunca sei. Minha dúvida castiga-me, assim como já expus tantas outras vezes que já nem sei quantas. Mas eu seguirei, com ou sem dúvida, com ou sem certeza. Pois meu olhar não se resume ao horizonte.

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Pôr-de-Sol




Basta-me um pôr-de-Sol para que venha em minha mente tudo o que espero esquecer. E esqueço-me, por alguns instantes, que essa jornada de esquecimento certamente fracassará. Um céu bonito, um ipê amarelo, lembranças e duas vidas. Hábitos, necessidades e olhares. Passos, ora rápidos ora lentos. De quem tem algum destino, de quem anda sem ele. Chegadas, partidas, ruas, caminhos. Crianças brincam, as luzes piscam dentro das casas com enfeites de final de ano, pássaros voam de volta pra casa e o Sol continua se pôr. Uma brisa serena bate, as folhas das palmeiras mexem-se, tímidas, como que tentando não chamar a atenção, apesar de sua imponente estatura. O céu vai perdendo a cor, a claridade. As nuvens enfeitam-se com os últimos raios solares. A vida segue seu rumo, continua percorrendo o tempo. E eu continuo tentando apagar da mente o que outrora fez-me tão feliz. Saturo minha alma de dúvidas, perguntas sem resposta. Perco meu tempo nesses becos sem saída. Tempo este, que jamais irá voltar a me pertencer ...

quarta-feira, dezembro 22, 2010

A Despedida




Odeio ter que despedir-me. Mas toda vez é assim. Você vem, fica, e ambos queremos que o tempo pare. Ele não é gentil, não para nem por um segundo sequer. E das nossas bocas sai um doído "Tchau" ou "Até logo", enquanto os olhos têm sede do olhar um do outro e se distanciam por pura obrigação. É tão bom estarmos juntos, mas a despedida faz com que isso se torne algo que deva-se temer. Não pelo reencontro, mas pela dor da despedida. E depois de matarmos a saudade, ela invade-nos uma vez mais, fazendo com que os pensamentos fiquem longe. Fazendo com que percamos algumas horas de sono. Fazendo com que nossos corações acelerem-se ao ouvir o nome um do outro. Um arrepio que sobe. Um frio em seu melhor jeito.


"Não olhe pra trás (odeio despedidas)
Diga até mais!
Mesmo se for adeus"
Até Mais - Engenheiros do Hawaii

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Por nós




22 de Novembro de 2010


Algo tão lindo quanto o amor acabou de invadir-me: a esperança! Senti agora aquele frio na barriga de saber que tudo está tão perto de se concretizar .... Ah! te amo tanto. Tanto que nem sei se é saudável. Amo verdadeira, profunda e docemente. Sim, eu amo você. Como jamais tive capacidade de amar outro alguém. Um carinho sem precedentes, sem meio nem fim, só início. E eu sei que será dura nossa empreitada rumo ao futuro, nosso investimento um no outro. Mas de algo tenho plena certeza: JAMAIS te esquecerei. Você sempre será meu grande amor. E mesmo que não saia como planejado, que nada dê certo, eu seguirei torcendo por ti, por nós.

Um outro alguém em mim mesma




Outubro/Novembro de 2010


Estou mentindo para mim mesma. A quem quero enganar? O meu remédio não está aqui e nem em qualquer outro lugar. Eu tentei, me esforcei para me enquadrar, ser a perfeitinha, ser a querida entre todos. Mas não adiantou muito, e só agora eu pude perceber que acabei me prendendo aonde eu não queria nem estar. Me senti confortável por alguns momentos. Foram bons e felizes. Mas a minha realidade interior está me chamando para outro lado. O meu verdadeiro ser, as minhas vontades, o meu eu em mim mesma. Meu coração, minha mente, minha atenção, meus olhos. Eu queria ter sido mais forte para suportar todas as coisas e seguir em frente sem me dar ouvidos. Mas eu estou gritando comigo mesma! Não consigo mais, não suporto, não vejo saída. A morte seria muito fácil ... e a vida não me daria essa moleza. Ela sabe o quanto sou fraca e covarde. Nem de tirar minha própria vida sou capaz. E sinto a distância, entre os dois mundos. Quisera eu pudesse voar pra bem longe, recomeçar, dar um game over nesta vida e começar alguma outra, nova em folha e em espírito. Não dever explicações a alguém dentro de minha própria casa. Ser mais livre e saber o que ocorre em minha vida. E que os comentários sobre ela ficassem guardados. Ninguém tentando me mostrar o que eu devo fazer pura e simplesmente para satisfação desse terceiro. Eu cansei-me de ter que fazer tudo aquilo que me obrigam. Sei que sou nova e devo muitas coisas, mas também tenho minhas vontades e plena consciência de onde minhas escolhas vão me levar! Só queria ter o apoio e compreensão para conseguir dizer tudo o que penso ... mas sei que não vou tê-los, nem hoje e nem num futuro qualquer. Ficarão contra mim e só eu sei o quanto isso vai me derrubar. Desistir não irei, mas ficarei presa num espaço-tempo doloroso como das outras vezes. Calar-me e esperar é o único meio viável que vejo agora. E quando me sentir preparada seguirei naquele caminho. Sem dizer aonde vou, só como me sinto. Na paz de um voo só, na pressão de uma outra obrigação.
I WON'T CARE ABOUT IT ANYMORE!