Lost in reverie

Lost in reverie
Mostrando postagens com marcador O que sou. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador O que sou. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, abril 20, 2011

Pretérito Perfeito







A palavra escorre pelos ventos, deslizando pelos corredores de brisas que carregam as folhas secas que acumulam-se ao chão. Palavras em pedaços, despedaçadas, inteiras e pela metade. São folhas. De cadernos, agendas. De árvores. Sim, elas flutuam e pairam no ar, aterrissando com leveza absurda. Queria eu que essa leveza de espírito fosse minha, e pudesse ser levada aonde os ventos que sopram do sul me levassem. 
A Lua surgindo, gigante, imponente e estonteantemente linda. Olhá-la e desejar que o mundo acabasse enquanto aquela sensação ainda permanecesse nos olhos, na alma, que em solidão se encontra. É vê-la e sentir antigas sensações brotando, como água cristalina. É observá-la e querer voltar no tempo, em que os Sol brilhava mais manso e as preocupações não invadiam a alma fazendo-a chorar. Oh! Sim ... Tudo era mais bonito e mais simples. Daí vem sua beleza. Quando o lidar com as pessoas não machucava, nem a si nem a outros. Quando problemas eram continhas de divisão matemática. Quando a raiva era de não poder ir brincar na rua porque já era tarde. Como eu queria voltar a esse tempo. Vivemos a infância e adolescência querendo crescer e sermos "livres". Mas a liberdade às vezes é triste, pois temos que lidar com coisas com as quais não somos habituados. Crescer é difícil, pois os espinhos da vida começam a arranhar mais profundamente, eles agora já podem nos alcançar bem. Tempo esse que não volta ... E daqui em diante, a vida só irá machucar e calejar mais e mais. Espero que todos tenham suas bases de apoio e corações que lhes confortam as mágoas e as dores. Pois sem isso, é inconcebível que prossigamos a vida. É, impossível!




"Devem ser o que chamam túnel do tempo
Ano 2000 era futuro há pouco tempo atrás"

A vida sabe como lidar conosco.
Nós é que nem sempre sabemos lidar com ela ...



Túnel do Tempo - Engenheiros do Hawaii









"Como que eu sentisse uma pontada de dor, a saudade veio me invadindo. Foi em tanta quantidade que não a contive e meus olhos transbordaram de uma tristeza lúgubre e profunda. Como pude eu deixar tudo isso pra trás ?! Como eu pude ser tão cruel ?! ..."

quarta-feira, março 16, 2011

Outra Dimensão




A canção parou de tocar. Será que as caixas de som emudeceram ? Perderam o som, o tom, o caminho. Deram passagem ao surgimento da dúvida. Será que o caminho seria encontrado e retomado pelos acordes e melodia ? Voltaria, algum dia, a tocar as notas que outrora me tocaram ? Ah! ...
Como eram suaves as batidas que embalavam meus sentidos. As emoções afloravam em evidência, num arrepio da pele. A sequência de notas progredindo pouco a pouco, elevando a excitação e a expectativa, chegando a um clímax auditivo de intenso deleite. E numa viagem transcendental, ultrapassava o ténue limite entre o que é real e o figurativo. E quando totalmente envolvido num ecstasy, subitamente a urgência da melodia torna-se calmaria e suavidade. A volta do mundo paralelo.
Mas já não tocam mais. As caixas de som da minha vitrola pararam, estão caladas. Me sinto preso de novo à realidade e não consigo ultrapassar a fronteira que me divide do ideal. Com elas em silêncio, sinto-me deslocado de mim mesmo. É como se habitasse um corpo estranho ... Preciso da música. É ela quem move meu ser e estar.










Shine on You Crazy Diamond - Pink Floyd


terça-feira, março 01, 2011

Alone, I follow into my footsteps



Ele ainda permanece aqui de alguma forma ...
Não se foi de maneira alguma
Estava apenas enclausurado lá dentro
Não sei de onde ele veio ...
Eu pensei que estivesse tudo bem (It's finally over! ...)
Não, não é verdade!
De alguma forma ele ainda continua intocável
Mas é tão impossível .... Pelo menos ao meu ver
Mas espere ....
Rebusquei os dados e informações há muito perdidos por aqui
E vejam! São apenas lembranças ....
Agora entendo que não posso seguir assim
Estou sozinha ....
Seguindo sozinha, continuo
Apenas assim consigo seguir bem
E não há remédio que me cure disso.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

O que sou







Hoje eu sei o que sou
Hoje eu sei que nada daquela outra metade restou
Sou alguém renovada
Talvez com a mesma cara
Sou tempestade em copo d'água
Sou furacão de brisas
A neblina da alvorada
Sou a lágrima que dança pelas maçãs do rosto
E toda a sua frieza
Sou o cálculo e o movimento atrevido
Uma icógnita de desejos indevidos
A brisa que lhe beija e faz os papéis voarem
O alimento do fogo e o tempo
A serpente que espreita, selvagem
O início do incêndio ou um acalento
Sou planta, sou doce, sou Mel.