Lost in reverie

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quarta-feira, maio 25, 2011

Tu, e o que não posso



A tua voz se espalha pela casa vazia. 
Procura os cantos esquecidos e se abriga em meus ouvidos, trazendo consigo as velhas lembranças que jaziam na desmemória. 
A voz triunfante com seus tons de sorriso. 
Em sua arrogância.
Ah, sim! Tua arrogância ... É admirável, irritante, impressionante, apaixonante. 
"Não, não posso. Não é possível" 
Vou me enganando por essas estradas sinuosas que nem sei se me levam à você. 
O que é bem provável que não, pois não te quero. 
Te desejo, mas não te quero. 
Te amo, mas não te quero.
É insano, mas não te quero!
És os meus defeitos, és as minhas qualidades, és as minhas manias.
Em nossas cores escrevi teu nome, mas não guardo as fotos e nem a lembrança do teu toque.
Pois não as tenho, e nem quero tê-las.
Mesmo que eu guarde esse amargo meu, de nunca ter experimentado o doce do teu veneno
Jamais irei provar dos teus lábios.
Pois são para mim o que não deveriam significar!




"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais neste último mês" 





Eu Que Não Amo Você - Engenheiros do Hawaii




Eu não voltei, pois jamais fui. Eu não fui, pois jamais pertenci. E pretendo continuar assim!

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Um outro alguém em mim mesma




Outubro/Novembro de 2010


Estou mentindo para mim mesma. A quem quero enganar? O meu remédio não está aqui e nem em qualquer outro lugar. Eu tentei, me esforcei para me enquadrar, ser a perfeitinha, ser a querida entre todos. Mas não adiantou muito, e só agora eu pude perceber que acabei me prendendo aonde eu não queria nem estar. Me senti confortável por alguns momentos. Foram bons e felizes. Mas a minha realidade interior está me chamando para outro lado. O meu verdadeiro ser, as minhas vontades, o meu eu em mim mesma. Meu coração, minha mente, minha atenção, meus olhos. Eu queria ter sido mais forte para suportar todas as coisas e seguir em frente sem me dar ouvidos. Mas eu estou gritando comigo mesma! Não consigo mais, não suporto, não vejo saída. A morte seria muito fácil ... e a vida não me daria essa moleza. Ela sabe o quanto sou fraca e covarde. Nem de tirar minha própria vida sou capaz. E sinto a distância, entre os dois mundos. Quisera eu pudesse voar pra bem longe, recomeçar, dar um game over nesta vida e começar alguma outra, nova em folha e em espírito. Não dever explicações a alguém dentro de minha própria casa. Ser mais livre e saber o que ocorre em minha vida. E que os comentários sobre ela ficassem guardados. Ninguém tentando me mostrar o que eu devo fazer pura e simplesmente para satisfação desse terceiro. Eu cansei-me de ter que fazer tudo aquilo que me obrigam. Sei que sou nova e devo muitas coisas, mas também tenho minhas vontades e plena consciência de onde minhas escolhas vão me levar! Só queria ter o apoio e compreensão para conseguir dizer tudo o que penso ... mas sei que não vou tê-los, nem hoje e nem num futuro qualquer. Ficarão contra mim e só eu sei o quanto isso vai me derrubar. Desistir não irei, mas ficarei presa num espaço-tempo doloroso como das outras vezes. Calar-me e esperar é o único meio viável que vejo agora. E quando me sentir preparada seguirei naquele caminho. Sem dizer aonde vou, só como me sinto. Na paz de um voo só, na pressão de uma outra obrigação.
I WON'T CARE ABOUT IT ANYMORE!

quarta-feira, novembro 17, 2010

Ato de amar





Está frio, húmido e chuvoso. Não consigo me aquecer. Estou sentindo dor, dores. Já nem sei mais quantas são. Estou vagando sem rumo, sem direção. Desde aquele dia tudo parece tão diferente, tão inerte, tão artificial e controlado. Nada é natural, verdadeiro. Todos tão ocupados em sua corrida pelo ouro que não mais veem a beleza da simplicidade, num simples ato de amar. Hoje disseram-me, ao ler meus textos, que eu gosto do ato de amar. E é a pura verdade! Eu amo o fato de eu amar. Gosto de escrever, ser romântica, lembrar coisas bonitas, pequenos detalhes, fazer o que agrada a quem eu amo. Gosto de ficar pensando como seria estar com quem eu gosto de verdade. Às vezes até sinto vontade de dividir-me em duas ou mais só para poder estar com mais pessoas ao mesmo tempo. Gosto de estar rodeada de pessoas que considero importantes. Amo essa vida que tenho! E espero cada dia mais fincar meus laços e crescer com os meus amados.

terça-feira, agosto 10, 2010

A Morte de um Sonho


São tantas palavras para descrever uma sensação, mas nenhuma consegue tão bem quanto um beijo
São tantas rotinas, padrões e modismos, que por um instante chegamos a esquecer de nossos próprios desejos
A futilidade que há em volta faz com que a maioria se perca na busca para completar o vazio
Vazio por elas mesmas criado, vazio difícil de ser completado
Costumamos, quando jovens, sonhar com coisas impossíveis, que acreditamos que podemos alcançar
Mas o choque com essa bruta realidade nos faz desacreditar
E passamos a esquecer quem realmente somos, a essência que outrora sonhava na Lua, com as estrelas, e que costumava contar esses sonhos em pequenos pedaços de papel
Esquecemos que temos desejos, e que ainda temos sonhos
Pois os sonhos não podem morrer, assim como as estrelas morrem...