Lost in reverie

Lost in reverie

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Um outro alguém em mim mesma




Outubro/Novembro de 2010


Estou mentindo para mim mesma. A quem quero enganar? O meu remédio não está aqui e nem em qualquer outro lugar. Eu tentei, me esforcei para me enquadrar, ser a perfeitinha, ser a querida entre todos. Mas não adiantou muito, e só agora eu pude perceber que acabei me prendendo aonde eu não queria nem estar. Me senti confortável por alguns momentos. Foram bons e felizes. Mas a minha realidade interior está me chamando para outro lado. O meu verdadeiro ser, as minhas vontades, o meu eu em mim mesma. Meu coração, minha mente, minha atenção, meus olhos. Eu queria ter sido mais forte para suportar todas as coisas e seguir em frente sem me dar ouvidos. Mas eu estou gritando comigo mesma! Não consigo mais, não suporto, não vejo saída. A morte seria muito fácil ... e a vida não me daria essa moleza. Ela sabe o quanto sou fraca e covarde. Nem de tirar minha própria vida sou capaz. E sinto a distância, entre os dois mundos. Quisera eu pudesse voar pra bem longe, recomeçar, dar um game over nesta vida e começar alguma outra, nova em folha e em espírito. Não dever explicações a alguém dentro de minha própria casa. Ser mais livre e saber o que ocorre em minha vida. E que os comentários sobre ela ficassem guardados. Ninguém tentando me mostrar o que eu devo fazer pura e simplesmente para satisfação desse terceiro. Eu cansei-me de ter que fazer tudo aquilo que me obrigam. Sei que sou nova e devo muitas coisas, mas também tenho minhas vontades e plena consciência de onde minhas escolhas vão me levar! Só queria ter o apoio e compreensão para conseguir dizer tudo o que penso ... mas sei que não vou tê-los, nem hoje e nem num futuro qualquer. Ficarão contra mim e só eu sei o quanto isso vai me derrubar. Desistir não irei, mas ficarei presa num espaço-tempo doloroso como das outras vezes. Calar-me e esperar é o único meio viável que vejo agora. E quando me sentir preparada seguirei naquele caminho. Sem dizer aonde vou, só como me sinto. Na paz de um voo só, na pressão de uma outra obrigação.
I WON'T CARE ABOUT IT ANYMORE!

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