Lost in reverie

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domingo, agosto 14, 2011

Quero que volte





Há nuvens de esperança nos céus agora. O deserto está prestes a florescer e enverdecer-se. O que era seco e morto voltará a viver e crescer em algum tempo. Verdade que parece demorar demais essa época tão hostil. Porém, asseguro-me de que a chuva virá como um alívio tão imediato que trará paz dentro desse coração desatinado e confuso.
Eu nunca mais senti as gotas de água fria escorrendo pelo corpo em um dia cinzento e bonito – pelo menos para mim. Do vento que açoitava a pele molhada e arrepiada por uma sensação puramente física, nada emocional ou particular demais. Embora vez por outra viesse uma emoção desprovida de cautela, mas era apenas emoção que logo passava.
Agora com essa seca que castiga-me como se eu estivesse no próprio inferno, sinto mais falta do que o habitual das chuvas fortes, quando parecia que os céus caíam e ninguém podia fazer nada para impedi-los. Ver a grama verde, o céu cinza e pesado, a estrada molhada refletindo a luz fraca do dia. A luz fraca do dia ... Ah, como é lindo quando a única luz que existe é pálida. A escuridão cega os olhos de outras pessoas escondendo-me, enquanto o céu, a chuva e o vento sabem onde e como estou.
Só imploro, ó céus, que me dês de volta os meus dias chuvosos, cheios de nostalgia e alegrias para o meu interior!




Marooned - Pink Floyd




Uma música instrumental que me faz viajar no tempo-espaço deste mundo meu. Embora não tenha uma palavra sequer, me faz ir a lugares que só existem dentro de mim. 

terça-feira, julho 26, 2011

Hard Day




Hoje as palavras estão ao sabor do vento. Perdidas, inconstantes, imprecisas. Elas podem voltar, e fazer rotina de habitação em algum lugar aqui por dentro. Mas eu sei que nada vai durar por muito tempo. Essa alegria vai passar (já passou). A tristeza que vem (já está aqui, de fato), também vai passar. Logo virá a frieza, a indiferença ... Mas elas também irão passar. E o que vai sobrar ? Ah, não me pergunte. Porque o que eu sei é que tudo isso irá embora, e o que ficará vai ser muito triste para que eu queira lembrar.
Os vales dourados não mais terão o sol para lhes banhar. Os céus escuros não mais terão estrelas para lhes enfeitar. E o que restará então ?? Me diga, o que restará de tudo isso ?? Não, não quero mais saber. Prefiro a dúvida. É inútil ter uma certeza tão devastadora que vai fazer com que a desistência seja a melhor opção. Eu não quero desistir, não agora. Mas os caminhos estão tão difíceis que às vezes só consigo escutar meu lado fraco. Por onde anda a coragem, o destemor, a paixão, a vivacidade com que experienciei toda essa longa estrada até aqui ?! Não sei ... se esconderam ... estão longe daqui ... já não consigo mais enxergar o horizonte ...




São palavras, apenas palavras ... Hoje eu não queria ter acordado! Tive um dia de angustia, um dia ruim, um dia sofrível. E agora escrevo lamúrias, para que eu possa pelo menos me aliviar um pouco dessa carga emocional. Está pesado para mim ... Anda muito pesado ultimamente. Não sei bem se estou na época certa para vivenciar tudo o que estou passando. Mas, querendo ou não, esses dias iriam chegar. Se para mim foi mais cedo, ótimo! Alguns passos à frente só me acrescentam ... Mas não creio que meu lado emocional estivesse realmente preparado para isso! O que já não importa mais, pois estou vivendo. Não há como evitar, ou parar, não tem mais volta. Sendo assim, devo reunir forças, o máximo que eu puder, para que eu não desista!

segunda-feira, julho 25, 2011

Loner's Glimpse




Creio estar perdendo o rumo, a direção, a razão. A cidade nunca foi tão impessoal, triste, medonha, solícita. Ela faz com que eu me torne essa ilha humana, e a agradeço. Sim, pois não quero me encontrar com qualquer um hoje. Não quero sonhar com sonhos perdidos e desejos estritamente proibidos. Eu queria me perder de verdade, sentir o vento no rosto enquanto corro pelos bosques e estradas desertas. Sentir o frio úmido que não há por aqui. O norte de verões frios e sossegados. Ver a noite escorrer-se, as estrelas brilharem, calmas e serenas, o vento da meia noite soprar e me encontrar ali, no meio de tudo, no meio de nada. Estar livre de qualquer pensamento e me concentrar apenas no que é físico e está presente na noite amara de solidão. Vez em quando penso como seria se fosse eu e apenas eu. Devo mencionar que realmente de vez em quando me parece muito mais atraente do que realmente possa ser. Acender uma fogueira à beira de uma passagem d’água. Ver o Sol amanhecer tímido em meio às nuvens pesadas de inverno. E não se preocupar com o dia que amanhece, pois ainda é cedo para se tornar o que é inevitável.


Tantas coisas poderiam ser evitadas, tanta dor, tanto sofrimento
Mas chega uma hora em que a realidade é cruel e nos castiga, pelo simples fato de estarmos vivos
Não há como evitar, não como fazer com que tarde, não há escapatória desse jogo
As regras não são nossas, não nos cabe interpretá-las, burlá-las, trapaceá-las
E por tanto viver em tão pouco tempo, sinto-me cansada




Wearing The Inside Out - Pink Floyd