Lost in reverie

Lost in reverie

sábado, novembro 12, 2011

Aguardo





Só pode ser proposital toda essa demora. O dia parece não passar. Acordei de manhã e parece que já vivi um mês. O Sol ainda brilha lá fora enquanto meu coração arde em chamas de agonia e ansiedade. E por incrível que pareça, o dia está nostálgico. A promessa da maravilha que está por acontecer amanhã está deixando-me extasiada, sem direção, sem saber como reagir ao relógio que não marca o tempo corretamente. A porta está aberta, a luz solar invade a casa pela janela. Voa tempo! Não, ele sequer anda. Lento, arrastando-se pelos segundos.
Saudade, apreensão, eu já não sei como classificar e nem se há classificação para essas sensações que se juntam por dentro de minha alma. Quero apenas que o amanhã chegue, para que eu possa, enfim, tornar real meus sonhos e minha alegria abstrata. Concretizar meus desejos e tudo o que minha imaginação me permite. Sentir o gosto de um beijo demorado, desejado, esperado há tanto tempo. Sentir teu cheiro adentrando-me a alma, fixando ainda mais meus pensamentos em torno das tuas imagens, as quais eu construí num lugar tão bonito quanto o próprio pôr-do-sol. E nem as estrelas me seriam suficientes para distrair meus pensamentos de você, e de sua chegada tão aguardada.
Estou te esperando, amor da minha vida! Amo você ...

sexta-feira, outubro 21, 2011

Pensamento distante




Eu me pergunto, com maior frequência agora, como é possível que o meu amor aumente dessa maneira. Eu fico imaginando todo e qualquer detalhe que nós podemos e iremos viver juntos. Quando eu escuto as músicas que chamam o teu nome me falta ar e palavras para descrever como é amar alguém assim. E meu pensamento fica em você todo o tempo. Chego até a ter certo receio de ficar absorta em meus pensamentos, pois eles me trazem memórias de conversas e vozes que me deixam em êxtase profundo. E a imaginação trabalha em um frenesi de voltas ao passado e idas a um futuro aliviantemente próximo.
Por isso ando meio boba, de sorriso fácil. Mas apenas o meu coração sabe como é aguentar o vulcão de emoções que se torna o meu íntimo só de escutar o teu nome. Ah, essas memórias das horas a fio em ligações que eu nunca quis que acabassem... Há uma saudade incabível, inacreditável. Uma insaciável vontade de você. Não sei bem como, mas a cada dia eu te desejo mais, te amo mais. Quero-te aqui comigo, o mais rápido possível e pelo tempo que nossas vidas durarem. Eu te amo, muito mais do que ontem e muito menos do que amanhã.

sexta-feira, outubro 14, 2011

Um caminho e uma vontade




Os dias vão passando rapidamente, mas as noites tornaram-se imensamente longas para esta mente que vive longe do corpo. A saudade aperta o peito, e de vez em quando um mar se forma nestes olhos sonhadores e distantes. Só há uma direção e o coração clama para que os passos direcionem-se até ela. As placas informam para onde se deve ir, e o próprio olhar já expressa o desejo íntimo e mais profundo. Mas o rumo que se toma é diferente, e com isso o mar transborda e nem sempre é possível contê-lo.
Difícil de explicar a sensação que é. Mas é assim, sente-se e é o que basta saber. Explicar, quem sabe futuramente isso seja possível? Mas não por hoje, não agora...
E como eu já havia dito meu amor, a cada hora que passa, eu vejo que você não é apenas alguém que me faz feliz. Mas você é a pessoa com quem eu quero dividir a minha vida. Amo-te a cada dia mais!

sexta-feira, outubro 07, 2011

A Decaída do Orgulho




06/10/2011                                                                                                      17h
Guardava, ela, todos os sentimentos em um calabouço escuro, no fundo da alma, onde nem os pensamentos dela atreviam-se chegar perto. Um lugar cheio de dores e pesadelos quase esquecidos. Guardava-os lá, pois achava mais seguro se ela não pudesse vê-los e morrer toda vez que isso ocorresse. Porque achava fraqueza demonstrar o que sentia. Então tudo ocorria em silêncio e ela deixava passar todas as coisas, esperando um momento que nunca chegava, até há pouco tempo...
Eis que então um nobre cavaleiro, vindo de terras distantes, conseguiu roubar-lhe um sorriso puro que há muito não se via em seu rosto empalidecido e com ele um orgulho arraigado, que permanecia durante anos aprisionando as emoções. E o sorriso foi a porta que se abriu para que os sentimentos pudessem correr livres, leves, intensos, derrubando o orgulho e seus portões e correntes. Sim, o cavaleiro conseguiu algo que a jovem moça de cabelos compridos achava impossível acontecer por agora. Ele a fez amar de novo! E então as alegrias tornaram-se muitas, e os sorrisos agora são esboçados facilmente em seus lábios. O cavaleiro a faz tão bem, que ela quer fazer o mesmo por ele. A jovem o deseja, todo o tempo. Quer-lhe bem, quer lhe dar carinho, afeto, amor, proteção, ela quer e precisa estar ao seu lado. Já se tornou necessidade o beijo, o abraço, o olhar, ainda que nunca praticados.
Sente saudades, saudade estranha que não se pode explicar. A moça de olhos marejados nunca pôde explicar o que acontece dentro de si. O coração transbordando pelos olhos e nenhuma palavra que pudesse detalhar o que se sente. Irônico, mas faltam palavras à escritora para que consiga expor seus sentimentos, que rápidos, certeiros e abundantes, não se controlam mais e ficam inquietos. Então, as melhores noites são as que ela pode sonhar com o cavaleiro, embora raramente isso aconteça em suas noites longas e saudosas. Deve ser por isso que ela agora vive longe... Deve estar sonhando com ele acordada, deve estar imaginando os dois em algum lugar onde apenas eles mesmos existam. Mas sem qualquer dúvida, está amando... Pois sim, ela o ama como jamais amou alguém!