Lost in reverie

Lost in reverie

quarta-feira, maio 25, 2011

Tu, e o que não posso



A tua voz se espalha pela casa vazia. 
Procura os cantos esquecidos e se abriga em meus ouvidos, trazendo consigo as velhas lembranças que jaziam na desmemória. 
A voz triunfante com seus tons de sorriso. 
Em sua arrogância.
Ah, sim! Tua arrogância ... É admirável, irritante, impressionante, apaixonante. 
"Não, não posso. Não é possível" 
Vou me enganando por essas estradas sinuosas que nem sei se me levam à você. 
O que é bem provável que não, pois não te quero. 
Te desejo, mas não te quero. 
Te amo, mas não te quero.
É insano, mas não te quero!
És os meus defeitos, és as minhas qualidades, és as minhas manias.
Em nossas cores escrevi teu nome, mas não guardo as fotos e nem a lembrança do teu toque.
Pois não as tenho, e nem quero tê-las.
Mesmo que eu guarde esse amargo meu, de nunca ter experimentado o doce do teu veneno
Jamais irei provar dos teus lábios.
Pois são para mim o que não deveriam significar!




"Eu que não fumo, queria um cigarro
Eu que não amo você
Envelheci dez anos ou mais neste último mês" 





Eu Que Não Amo Você - Engenheiros do Hawaii




Eu não voltei, pois jamais fui. Eu não fui, pois jamais pertenci. E pretendo continuar assim!

2 comentários:

  1. ''O que é bem provável que não, pois não te quero.
    Te desejo, mas não te quero.
    Te amo, mas não te quero.
    É insano, mas não te quero!''

    Contrádição, isso sempre se assemelhou conosco não é?
    E o fim disso nós não podemos prever, mas é sempre tão misterioso.

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  2. quase improvável de se esclarecer, turbulento de se ouvir e doce de se ler....Não vejo mistério mas vejo tristeza e revolta, onde quase me encaixei!!! Concluindo ADOREIIIIIIII...

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