Lost in reverie

Lost in reverie

terça-feira, novembro 02, 2010

Ela o quer



Lua que vagueia, intensa luminosidade a brilhar sobre os edifícios. E ela vai construindo, flor por flor, grão por grão, seu pequeno jardim. À luz da noite, à sombra do Sol que maltrata as delicadas plantinhas que ela cuida tão bem. Ela vai ali, cava um buraquinho e planta a muda de uma rosa com tom de vinho, cujo nome popular é Príncipe Negro. Ela cuidadosamente transporta de onde ela a tinha guardado e vagarosamente a enterra, sob a luz da lua, sob o orvalho da madrugada. Ela firma a mudinha, pequena e serena. E expressa-se com imensa felicidade e um belo sorriso estampado no rosto branco por ver que o Príncipe estava bem firme no solo em que ela o havia plantado. Rega brandamente, como uma brisa, para que suas raízes prendam-se naquele pedacinho de terra tão bem cuidado, tão apreciado. Ela o promete cuidar, zelar e nada deixar faltar. Ela se dispõe e coloca-se inteiramente à vontade e necessidade do Príncipe, que ainda não brotou. Ela luta, esforça-se em deixar tudo do jeito que o futuro Príncipe, que está por tomar posse de seu lugar, gosta. Ela sabe que, cedo ou tarde, ele virá. E nada, absolutamente nada, a impedirá de zelar para que ele venha da maneira mais confortável possível. Pois seu amor e zelo não se limita a vê-lo chegar. Ela o quer, ela o deseja, ela o sonha .... Ela o quer viver.

Um comentário:

  1. Ela pode...
    ele a quer...
    a quer com um vigor descomunal...
    ele branderia sua espada contra todo aquele que a quisesse fazer algum mal mesmo que em pensamento..
    este guerreiro sonha com o dia em que poderá beijarte ó princesa ou como mas comumente e chamada de tão graciosa que es..
    minha menininha...

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